quarta-feira, janeiro 11, 2006

ainda mais do mesmo...

Relativamente à OTA e ao TGV as perguntas para as quais importa saber a resposta relativamente à despesa publica são as seguintes, separadamente para cada um dos investimentos:

- Qual o prazo para realização do programa? O previsto (optimista) e o provável (não será difícil de obter calculando a média dos atrasos em obras publicas de grande envergadura);

- Qual o investimento total previsto? E qual o provável? (não será igualmente difícil de obter ponderando programas tão semelhantes quanto possível);

- Quais as fontes de financiamento? Quanto cabe ao Estado, quanto são as ajudas comunitárias?

- Quanto vão investir os privados? Quais os montantes formalmente privados mas com origem publica?

- Quais as contrapartidas para o financiamento privado?

- Quanto representa o investimento publico, directo e indirecto, sem a comparticipação comunitária, no total;

- Qual é a distribuição do investimento ao longo dos anos de cada um dos programas?

- Que percentagem do PIB representa esse investimento, anualmente e previsivelmente, em cenário de estagnação e de crescimento?

- Que percentagem do Orçamento de Estado representa esse investimento, anualmente e previsivelmente, em cenário de estagnação e de crescimento?

- Que percentagem do PIDDAC representa esse investimento, anualmente e previsivelmente, em cenário de estagnação e de crescimento?

- Que percentagem do investimento em novas infra-estruturas representa esse investimento, anualmente e previsivelmente, em cenário de estagnação e de crescimento? (porque o PIDDAC compreende muitos investimentos que não se traduzem em infra-estruturas, como por exemplo as compensações)


Depois deverá ser devidamente avaliado o retorno financeiro a todos os níveis, relacionado com a realização destes programas.
Uma vez na posse destas informações, será então possível para aqueles que se preocupam de facto com a despesa publica emitirem opiniões válidas sobre o peso real destes investimentos.
Insisto, para aqueles que se preocupam de facto com a despesa publica.
Para uma correcta avaliação da decisão política ainda falta aqui muita, muita coisa.

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