quinta-feira, julho 28, 2005

Impressões

É fundamental sermos pares da Galiza.




Basta fazer uma pequena visita a um dos laboratórios de investigação na minha área de investigação em Santiago para NUNCA mais termos dúvidas que a nossa possibilidade de competir na Europa pode passar por alianças claras, tranquilas e fortes com a Galiza. Não apenas porque falamos uma língua que praticamente não se distingue, não apenas porque somos populações que não se distinguem do ponto de vista genético, mas porque temos claramente (pelo menos na minha área profissional) competências complementares.
O Governo Central Espanhol apostou na tecnologia, e ao apostar nisso apostou na competência técnica, na simplificação de métodos, na brevidade da resposta, na competitividade do mercado. Numa aposta clara na inovação. Mas a ciência não passa apenas pela capacidade de abordar tecnicamente um problema, passa pela identificação do próprio problema, e na capacidade científica de o resolver. O Governo Central Português apostou na formação, apostou em programas MUITO BONS doutorais, na formação de imensos novos doutorados e mestres, muitas vezes sem grande perspectiva de terem em Portugal emprego científico. Eu que sou ABSOLUTAMENTE a favor da mobilidade (por imensos motivos) porque nos tornamos adaptáveis, porque melhoramos, porque quebramos e criamos novos laços, porque crescemos, que tal reinventarmos uma mobilidade transfronteiriça (de importação e exportação) de valores complementares. Assim como assim só assim ambos sobreviveremos. Ou rapidamente aprendemos, ou ficaremos para trás para sempre!

Raquel Seruca

2 comentários:

Anónimo disse...

7 a zero, foi quanto o celta deu aos mouros. Maiiii Nadaaaa!

Anónimo disse...

Portulicia comigo não.